domingo, 17 de abril de 2011

Conto 01: O Casamento (Final)

Resumo: "Finalmente o casamento será realizado. Mas os pombinhos resolveram se conhecer melhor antes da noite de núpcias. Quebra de protocolo? Talvez."



A união, enfim, selada

Dois dias depois do combate contra os mercenários, a comitiva do rei Dulien de Calevais chega a Ethruria. Além do próprio rei, veio também o irmão de Inari acompanhado da esposa. Como haviam chegado próximo a hora do almoço, a rainha mandou preparar um delicioso banquete de boas-vindas.
O almoço transcorreu alegre e tranquilo. Na grande mesa posta, Arcanya estava sentada a cabeceira dela, ao seu lado direito estavam sentados o príncipe Inari e Tessan. No lado esquerdo estavam o rei Dulien, o príncipe Edwin e sua esposa , a princesa Valerie. A jovem elfa cinzenta exibia um ventre avantajado, indicando que o herdeiro de Calevais estava a caminho. A rainha apenas olhava e pensava que em breve seria ela que teria que ostentar um ventre avantajado.
Após o almoço, Inari levou seu pai e seu irmão para um passeio pelo reino. Valerie quis acompanhar, mas seu esposo pediu que ficasse e descansasse, pois a viagem tinha sido longa e ela estava num estágio bem adiantado da gravidez. Relutante, ela aceitou e foi para perto da rainha, que estava conversando com alguns criados. Arcanya, ao perceber a presença da outra, dispensa os criados e leva a convidada para uma caminhada pelos jardins do castelo, com pronta aceitação da elfa. Enquanto caminhavam, Valerie não conseguia disfarçar a curiosidade que sentia sobre Arcanya, o que fazia a meio-elfa se sentir desconfortável com os olhares que recebia.
- Você deve estar se perguntando como uma mestiça é rainha de um povo élfico? - disse a rainha enquanto caminhava, sem olhar para a elfa cinzenta. Valerie fica sem graça com tal pergunta.
- Me desculpe. Não era isso que eu estava pensando. - tentando-se desculpar. 
- Já estou ficando acostumada a olhares curiosos. É estranho, para vocês puros, aceitarem uma “bastarda” no poder. - e volta seu olhar para Valerie. - Não estou lhe culpando. Você está certa em ficar curiosa, é realmente estranho.
Valerie nada disse depois disso e seguiu quieta ao lado da soberana. Ao chegarem ao jardim, Arcanya as levou para um banco debaixo de uma árvore bem frondosa. Ofereceu-se para ajudar Valerie a sentar-se, mas a mesma disse que não era preciso e sentou. A rainha também se sentou e tentou puxar assunto com a elfa, pois sentia-se culpada por tratar a convidada daquele jeito. Ela, então, começou a perguntar sobre o bebê que a outra esperava e Valerie exibiu um enorme sorriso, enquanto acariciava levemente o ventre.
- É uma dádiva, minha rainha. Tanto eu quanto Edwin estamos animados com a chegada do bebê.
- Fico feliz em saber. - e sorri. Ela percebe que a elfa fazia questão de exibir o majestoso ventre para a rainha, a mesma sem graça o tocou levemente.
- Não tardará para que você tenha um herdeiro também. - e toca o ventre reto de Arcanya. - E sentirá essa magia que eu sinto.
A rainha sorri e nada fala, a ideia de ter um herdeiro ainda não era muito bem aceita por ela. Apesar de ter prometido a si mesma não sair em aventuras sem necessidade, o espírito aventureiro ainda persistia e ela sabia que um herdeiro significaria ficar “presa” ao castelo. Não era aquilo que ela pretendia naquele momento. Valerie percebe que Arcanya estava pensativa, pergunta o porquê e a meio-elfa responde que nada era para que ela se preocupasse. Com alguma dificuldade, a elfa cinzenta se levanta e vai até um pequeno arbusto próximo. Estava florido e isso havia encantado ela.
- Não querendo ser deselegante minha rainha, mas percebi que não vi nenhum parente seu no castelo. - falou Valerie.
- Meus tios moram numa mansão mais afastada daqui. - respondeu a rainha.
- E seus pais? Eles também moram com seus tios? - continuou perguntando a princesa.
- Minha mãe é falecida e creio que meu pai também seja. Não os conheci, fui criada por outra pessoa. - a rainha exibiu uma expressão triste, o que deixou Valerie sem graça pois havia tocado num ponto de tristeza da outra.
- Me desculpe Arcanya. Não sabia que era órfã, não queria deixá-la triste. - e foi andando em direção dela, lhe oferecendo uma flor. Arcanya aceita e sorri.
- Você não sabia. - e levantou-se do banco. - Acho melhor retornarmos. - disse Arcanya. Valerie concordou e as duas retornaram calmamente ao interior do castelo.
No castelo, Inari conversava animadamente com seu irmão Edwin. O irmão mais velho comentava sobre o filho que estava a caminho e fazia isso com um enorme sorriso no rosto. O caçula também retribuía a alegria do irmão e ficava sem graça quando o irmão dizia que iria cobrar um sobrinho dele. Mais afastado dos príncipes, Dulien e Tessan conversavam sobre assuntos políticos, principalmente sobre a aliança entre os reinos.
Não tardou para que entrasse no salão Arcanya e Valerie. Edwin recebe a esposa com um forte abraço e um afago em seu ventre, ela lhe retribui com um beijo na testa e uma flor. Inari vai até a rainha, pega suas mãos e pousa seus lábios num suave beijo, o que deixa a meio-elfa com o rosto ruborizado. Arcanya retribui com um beijo no rosto de Inari. Tessan, que até então conversava com o rei de Calevais, se aproxima dos casais e os convida para um sarau ao ar livre a noite, pois o maior bardo do reino faria uma apresentação exclusiva para a rainha. Esse convite deixou todos animados, até os criados foram convidados.
Enquanto todos se dirigiam aos seus aposentos para se arrumarem, rei Dulien intercepta Azarill. Ele agradece pelo serviço feito e que será recompensado. O operativo imperial agradece e diz que agora seus serviços serão para o que o futuro rei de Ethuria. O soberano de Calevais agradece a lealdade do outro para com o filho caçula e se retira para seus aposentos. Azarill faz o mesmo.
A noite, todos se reuniram no jardins reais, contando também com a presença de Gwydion e Lara. O bardo Ellijah se posiciona no centro do circulo formado pelo os convidados e toma posse do bandolim que trazia consigo, dedicando a música que irá tocar para a rainha. Arcanya agradece com um leve balanço de cabeça e Ellijah começa a tocar uma canção local. Os criados que ali estavam começaram a cantarolar junto com o bardo, acompanhados das elfas donzelas que faziam a guarda pessoal da rainha. Os outros apenas batiam palmas no ritmo da música. A noite estava estrelada e parecia animar ainda mais os convivas.
Conforme as musicas eram tocadas, os convidados se animavam e começavam a dançar, com exceção de Azarill que permanecera apenas observando os acontecimentos. O príncipe Inari convida a rainha Arcanya para uma breve dança e a rainha, encabulada, aceita. O mesmo faz o príncipe Edwin a esposa, e posteriormente outros casais são formados. Eloara, uma das guarda-costas da soberana, tenta convencer Azarill de dançar com ela, sendo a tentativa totalmente em vão. O rei Dulien vendo a falha que a elfa teve em tentar fazer com que o elfo cinzento dançasse com ela, a tira para dançar.
Após as músicas, o bardo começou a contar feitos de alguns heróis locais, incluindo Tristania Fio de Prata, mãe de Arcanya. Todos ouviam com atenção e a rainha percebeu que nos rostos de seus tios, lágrimas rolavam. “Eles sentem muita falta dela, talvez mais do que eu.” pensou a meio-elfa. Um pouco mais tarde, quando Eliijah contava outro feito heroico, Arcanya sente seu ombro ser tocado e ao virar-se percebe que era sua tia Lara. Ela pede que se afaste um pouco dos outros pois queria conversar algo em particular. A rainha consente e elas vão para um canto mais afastado do jardim. Lara para defronte a sobrinha, mexe em sua bolsinha presa ao cinto e lhe entrega um lindo colar com uma pedra como pingente, encantando a mestiça.
- Era de sua mãe. - diz a maga adivinha.
- Que honra possuo para ganhar tão magnifico presente? Deveria ficar de recordação com você e tio Gwydion. - falou a rainha.
- Lhe pertence agora minha rainha. - e fechou suas mãos sobre as mãos da sobrinha – Sua mãe daria a você como presente de casamento.
- Muito obrigada tia. – e abraça a elfa. Minutos depois Lara se desvencilha do abraço, coloca o colar no pescoço da outra e comenta:
- Arcanya, talvez você não saiba, mas é tradição nos casamentos que os noivos recebam as bençãos dos pais num dado momento da cerimônia. - A jovem a olha com um olhar intrigado, mas a tia prossegue – O noivo recebe a benção do pai e a noiva, a da mãe. Caso pai ou mãe não possa comparecer ao casamento, um parente próximo pode substituí-lo. No seu caso, minha sobrinha, serei eu que ficarei no lugar da sua mãe e lhe darei a benção. Rei Dulien dará a benção ao príncipe Inari
- Tia, não sei se você poderia esclarecer uma dúvida que tenho carregado comigo. O que você pode me dizer sobre meu pai? É falecido? Por que até hoje ele não veio saber de mim? - Essas perguntas pegaram a adivinha de surpresa. Ela respirou fundo antes de responder.
- Pouco sei sobre ele, sua mãe não nos contou nada sobre seu pai. Só tenho um suposto nome: Lord Fallcrest. Ele era um dos integrantes do grupo de aventureiros que sua mãe pertencia, com quem ela teve um romance. Se ele é vivo ou morto, se ele sabe de sua existência, não posso afirmar. Talvez Tessan possa lhe informar melhor.
- Lord Fallcrest... - e olha para o grupo que assistia a apresentação do bardo. - Melhor voltarmos, Inari olha impacientemente para nossa direção – Lara sorri e acompanha a sobrinha de volta ao centro do jardim.
Conforme a noite avançava, o grupo de ouvintes ia diminuindo. Primeiro os criados, depois Edwin e Valerie, posteriormente o rei Dulien e por fim o bardo que se despediu de Arcanya e Inari, que estavam acompanhados das elfas donzelas e de Azarill. Percebendo o adiantado da hora, a rainha dispensa as donzelas e o príncipe faz o mesmo com o operativo. Relutantes, eles deixaram o casal a sós no jardim.
Arcanya fita as estrelas pensativa e segura o colar, recém-adquirido, com uma das mãos. Inari apenas a observa com um sorriso.
- Bonito colar minha dama. É uma ametista? - pergunta o príncipe. Arcanya olha para o pingente.
- Uhum. - ela concorda. - Era de minha mãe, minha tia me deu como presente de casamento. - voltando a olhar as estrelas.
- O que tanto pensas Arcanya? - com essa pergunta, a rainha volta seu rosto para o príncipe, voltando a olhar para o céu depois.
- Sinto saudades de casa, melhor dizendo, da minha outra casa. - respondeu ela.
- Por que não faz uma visita? - Inari tornou a perguntar.
- Penso em fazer após o casamento, porque não estaremos mais tão atarefados. - Arcanya respondeu.
- E por que não agora? - Arcanya imediatamente olha para Inari, tentando entender a proposta.
- Não podemos ir agora. Preciso ter a comitiva real me acompanhando e todos dormem nesse momento.
- Venha comigo! - o elfo ergue-se e estende a mão para ela – Eu percebo que no fundo essa ideia agradou e muito a você.
- Como iremos até lá? - pegando a mão do príncipe. - A cavalo vai demorar tempo suficiente para notar nosso sumiço.
- E quem disse que vamos a cavalo? Temos a minha águia. - Inari saiu andando apressado e Arcanya o seguia da maneira que podia.
- Aiai, eu prometi ao Tessan que não fugiria de novo escondida. - e como resposta ela ouve risinhos do príncipe.
Os dois, com extremo cuidado para não acordar ninguém, se dirigem onde a águia do príncipe se encontrava. Inari soltou as correntes que prendiam o portão e com cuidado guiou a ave para fora, acalmando ela. Depois monta e estica a mão para que a rainha suba. Ela meio receosa, já que não possuía habilidade em montar águias gigantes, luta com a inabilidade e com muito esforço, e ajuda do outro, consegue subir. E voando, o casal se dirige até a antiga floresta que Arcanya viveu por alguns anos.
Tão logo chegaram a floresta, o casal desceu da águia e caminharam em direção da cabana, pois pararam um pouco afastado do local. Assim que avistaram a cabana, Arcanya correu até a entrada e parou em frente a porta, sendo seguida de Inari. Ela hesita, por um momento em abrir a porta, o que leva ao príncipe perguntar o motivo. A rainha não responde e após respirar fundo, abre a porta.
Dentro da cabana estava como a meio elfa havia deixado quando esteve pela ultima vez, o que retornar a sua mente lembranças queridas. Arcanya tocava os poucos móveis que havia e aos poucos deixava cair pelo rosto as lágrimas que segurava desde o momento que viu seu antigo lar. O príncipe apenas a observava, ele sabia que ela necessitava daquele momento. Depois de um tempo apenas observando da porta de entrada, Inari se aproximou da rainha e tocou em seu ombro. Ela virou-se e ele percebe seu rosto banhando em lágrimas que a mesma tenta esconder, colocando a cabeça contra o peito do elfo, esse apenas afaga os cabelos dela gentilmente.
Enquanto acariciava os cabelos da rainha, Inari fica entorpecido pelo suave perfume que eles exalavam. Sem que percebesse, ergueu com cuidado o rosto de Arcanya, deixando a soberana com o olhar voltado para si. As lagrimas já haviam cessado, deixando o rosto da jovem apenas úmido. O elfo aproxima seu rosto com o dela e devagar toca seus lábios nos dela. A mestiça sente um arrepio percorrer o corpo e deixa tomar-se pelo beijo de seu futuro esposo. Os lábios se tocam de maneira diferente dos beijos respeitosos que Inari dava em suas mãos e seus braços apertam contra seu corpo o corpo do outro.
A rainha estava descobrindo sensações antes nunca experimentadas e o príncipe, um pouco mais experiente que ela, parecia não apressar nada e deixar tudo fluir naturalmente. Com muito cuidado, ele afrouxou as fitas que atavam o vestido dela e foi retirando devagar. Arcanya ficou um pouco assustada, tentou impedir, mas teve seus lábios tomados por um beijo lascivo e ela não resistiu. Depois, o elfo cinzento retirou suas próprias roupas, ficando apenas com as roupas intimas. A meio elfa tocou o tórax nu do jovem com as pontas dos dedos, o percorrendo por inteiro como se quisesse conhecer melhor. Inari a segura pelos pulsos e a puxa para perto de si, desfazendo o cabelo trançado dela e jogando-o para trás, revelando o pescoço nu para seus lábios beijarem, sentindo o corpo da mestiça tremer levemente.
O casal ficou trocando beijos e carícias para conhecerem cada corpo melhor. Inari tomo a iniciativa e encaminhou Arcanya até a singela cama que havia no local. Com todo carinho, deitou o corpo da jovem sobre a cama. O corpo da jovem tremia involuntariamente e seu olhar exprimia medo quando o elfo tencionava tirar suas roupas intimas. Com um sorriso no rosto, o príncipe se aproxima dela e fala em seu ouvido que não iria machucá-la. O medo no olhar dela pareceu diminuir e ele tirou as roupas intimas da rainha antes de tirar as próprias, posicionando o seu corpo nu sobre o dela. Elevou seus olhos para olhar diretamente os da mestiça e sentia o coração dela bater acelerado.
Inari trocou mais carícias com Arcanya para deixá-la mais a vontade e a incentivava a descobrir seu corpo. Depois passou a investir em caricias mais quentes para prepará-la para o passo seguinte. Assim que a jovem estava relaxada e curtindo o momento, o jovem a penetrou. Mesmo com todo o clima antecedente, a jovem contorceu o corpo levemente com a dor que sentiu, mas pediu para que continuasse quando o elfo parou. O jovem então a beijou enquanto tornava a penetrar, mas dessa vez a jovem não , a retraiu o corpo. O casal se movia num compasso ritmado, misturados a gemidos abafados e declarações de amor. Por mais assustador que fosse no inicio, a meio elfa agora parecei estar inebriada por um prazer sem limites. Quando o gozo tomou conta dos do dois, um gemido foi compartilhado antes do príncipe cair sobre a soberana e ambos curtirem a respiração ofegante de cada um. Olhando nos olhos dela, Inari sussurra um “Eu te amo” e a beija, antes de deitar ao lado de Arcanya para dormir abraçado a ela.
Na manhã seguinte, o castelo de Ethruria estava agitado. As elfas donzelas corriam pelos corredores dos quartos a procura de Arcanya e o mesmo fazia Azarill, pelo príncipe. Tessan já estava acostumado as fugas da rainha e dessa vez não estava zangado com ela, pois tinha certeza que o casal estava junto e se conhecendo melhor. O rei Dulien já havia recebido a notícia que seu filho havia sumido e, ao contrário de Edwin e Valerie que estavam preocupados, ele parecia bem feliz. “Talvez o herdeiro esteja sendo encomendado” pensava ele.
Alheios aos acontecimentos em Ethruria, o jovem casal ainda permanecia adormecido, com raios de sol sobre eles. O príncipe despertou primeiro e ficou admirando a rainha com um olhar doce. Não tardou para que Arcanya despertasse e com um olhar assustado indagasse o que ela estava fazendo ali. Mas antes que o elfo respondesse, ela tocou os lábios dele, sorriu e o beijou depois. O jovens trocaram mais alguns beijos antes da meio elfa perceber que já era dia.
- Oh não! Já amanheceu e não estamos em Ethruria. Com certeza nossa ausência já foi percebida. - dizia Arcanya ao erguer-se.
- Sim. O que podemos fazer quanto a isso? - diz Inari.
- Nos apressarmos em nos arrumar. - ela tentava colocar o vestido, se atrapalhando com as fitas e fazendo o príncipe rir. - Ei! Ao invés de rir, me ajude a atar essas fitas.
Inari a ajudou com as fitas e depois se arrumou. Antes de saírem da cabana, ainda trocaram mais alguns beijos acalorados, partindo em seguida até o local onde estavam a águia. O príncipe ajudou a rainha a subir na ave, esta posteriormente enlaçou seus braços na do elfo, seguindo rumo ao reino. Quando chegaram ao castelo, foram recebido pelo rei Dulien que estava a espera do casal no local onde as águias gigantes repousavam. Os jovens ficaram surpresos, mas o soberano de Calevais exibia um largo sorriso. Arcanya fez uma reverencia e retirou-se para seus aposentos. Quando Inari ia fazer o mesmo, foi impedido pelo pai. Ele queria saber onde o casal estava e o que haviam feito, tendo apenas como resposta um sorriso do filho.
Ao chegar em seus aposentos, Arcanya encontrou as elfas donzelas paradas em frente a porta, ambas com expressões aliviadas após verem sua rainha bem. Ela dispensou as guardiães dizendo que queria ficar sozinha para descansar. Elas iam protestar contra, mas a porta do quarto se abriu e Tessan apareceu pedindo para que elas obedecessem os pedidos da soberana. Após as guardiães se retirarem, a mestiça entrou no quarto acompanhada do sábio. Ela pediu que ele se sentasse e também se sentou.
- Me perdoe se não cumpri a minha palavra e sai escondida novamente. - a rainha baixa a cabeça.
- Não se preocupe, não estou chateado com você minha rainha. Estava em companhia do príncipe Inari, estou certo? - e olhou para ela notando vestido amarrotado e as fitas mal atadas.
- Sim. - o rosto de Arcanya parecia arder em chamas.
- Não me interessa saber o que vocês fizeram durante esse “passeio” noturno. Fico aliviado que está bem e feliz e que está em sintonia com seu futuro esposo. - Tessan se levantou e pediu permissão para se retirar.
- Espere, por favor! Antes de ir preciso que me tire uma dúvida.
- Fale minha rainha. O que lhe perturba?
- Ontem, durante a apresentação de Ellijah, conversei com minha tia a respeito de meu pai. - o sábio a olhou intrigado. - Ela não me deu muitas informações, apenas um nome: Fallcrest. Lord Fallcrest. Ela me disse que você poderia me ajudar.
- Ah, sinto muito minha rainha. O que sei talvez seja a mesma coisa que sua tia sabe. Sua mãe não me disse quem era o seu pai, ela escondia quem ele era. O motivo? Não sei. Desculpe-me se não pude te ajudar. Peço licença para retirar-me.
- Está bem. Licença concedida. - Tessan se despede e retira-se do quarto.
Alguns dias se passaram e o dia da cerimônia havia chegado. Os criados do castelo estavam agitados com os preparativos e corriam de um lado para o outro. Os súditos também estavam animados pois poderiam assistir a cerimonia de perto.
Inari estava reunido com o pai e o irmão em seu quarto. Fazia parte da tradição de Calevais essa reunião masculina. Uma reunião onde o patriarca da família dava conselhos a aquele que deixaria o seio familiar. Nenhuma mulher podia participar, por isso Valerie teve que ir ficar com a rainha e auxiliá-la em sua preparação para o matrimônio. Nos aposentos da rainha, Eloara e a outra elfa guardiã se encarregavam de ajudar Arcanya a vestir-se, enquanto Valerie trançava o cabelo dela.
A cerimônia seria realizada nos jardins reais e os súditos poderiam acompanhar. Os criados se apressavam com a decoração do local sob a supervisão de Tessan. Viviane o acompanhava, pois realizaria os ritos matrimoniais. Estava tudo ficando pronto, em algumas horas Arcanya e Inari selariam a aliança entre os reinos e entre si.
Quando tudo estava pronto, uma trombeta anunciou o inicio da cerimonia. Os súditos começavam a chegar e se acomodarem em filas, deixando um espaço no meio vazio. Na frente, próximo ao que parecia ser um altar, estavam todos os membros do conselho trajados com roupas de gala. Eles estavam sentados a direita e a esquerda estavam o principe Edwin e a esposa Valerie, Gwydion, Azarill e as elfas guardiães, assim como Azhara e Marlus.
Novamente as trombetas tocam, dessa vez para anunciar a entrada dos noivos. Viviane os segurava pelas mãos. O príncipe exibia uma riquíssima túnica com capa e tinha o brasão de Calevais preso a capa. A rainha vestia um magnifico vestido branco com alguns fios dourados tendo a cintura o reluzente Cinturão de Aramus, além de trazer no pescoço o colar que era de sua mãe. Atrás dos noivos vinham o rei Dulien e Lara.
Ao chegarem no “altar”, Viviane colocou-se a frente dos noivos, virada para o publico. A direita dela ficou o rei de Calevais e a esquerda dela, a tia da rainha. Os noivos se ajoelharam perante a sacerdotisa, que começou a entoar cânticos de saudação a deusa Aurora. A grã sacerdotisa prosseguiu com a cerimonia e pediu que os jovens olhassem um para ou outro nos olhos e pede para que eles repitam o juramento que ela iria citar, começando por Inari. Porém o príncipe pede permissão para que ele possa recitar um juramento feito por ele próprio e tem o consentimento de Viviane. Assim que ele terminou de falar, a rainha repetiu o mesmo juramento, e ambos voltaram a atenção para a sacerdotisa.
Viviane continuou com a cerimonia e pediu para que Dulien e Lara ficassem na frente respectivamente de Inari e Arcanya. Segurando cada um a mão de seu respectivo filho, pois nesse caso Lara estava representando a mãe da rainha, o rei e a maga dão a benção ao casal, unindo as mãos dos jovens após. Tessan deixa a companhia dos conselheiros e vai até os jovens, pedindo que se levantem e se virem para os convidados. Depois, ergue as mãos deles, profere que a aliança entre Ethruria e Calevais estava selada, declarando que Inari seria o novo rei de Ethruria. Os súditos ficam de pé e com muito entusiasmo saúdam o casal, sendo reverenciados por eles. Inari então recebe a coroa de rei de Ethruria das mãos da esposa, consagrando-se oficialmente rei desse reino.
Após a cerimonia os festejos se iniciam. A felicidade estava estampada nos rostos do jovem casal, assim como de todos os convivas que estavam ali. Agora Ethruria e Calevais estavam unidas, assim como os corações de Arcanya e Inari. A paz inundava o reino, só não se sabia até quando.

4 comentários:

  1. Adorei!!!

    sabia que conseguiria deixar a cena bem romantica e bonita.

    viu não disse que era só tirar a ferrugem ^^

    continue escrevendo, 100% do seu publico está dorando rsrsr

    beijão

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  2. Ah obrigada meu fã. Espero fazer continuação desses contos.

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  3. CHibi- É CHibi ok?

    Ahhh, sim... Aguias gigantes dominando!!!

    E fiquei surpresa quando li que alguém estava grávida... é, se bem que se fosse a raina, seria muiiiiito cedo.

    Se bem que ela e o Inari tiveram a 'voltinha', nee?

    E está tudo bem a cunhada pegar as florzinhas? Não vai ter rebelião dde fadas? -Apanha.

    Ahhhhh!! E começa a tocar " A whole new worlddd~" Realmente, me lembrei de Aladin quando eles sairam xD

    Ahhh, casamento *-* Força rainhaaa!!

    Pena, Inari casando... - Ala feminina chora. - Bem, felicidades~ Tô louca para ver o filhote... hehehehehe

    Ametista! ALBERICH! - Apanha.

    Nha~ Está bom Nina~ Agora que começe a Saga!!~

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  4. Chibiiiiiiiiiiiii *agarra*
    Que bom que vc curtiu. Bom o filhote do casal vai demorar a vir (eu acho). Nao fique triste pq o Inari ta casado. quem sabe nao surge um personagem solteiro pra vc ficar fa?
    Gostou da ametista? Juro que nem me lembrei do Albe.
    Prometo continuar. Mas devo voltar no tempo. Aguarde!

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Não se acanhem. Deixem um comentário que lerei com carinho =)